sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Desmatamento no Cerrado é o dobro da Amazônia. São Desidério lidera ranking em Desmatamento do Cerrado.


Por Lígia Formenti

Brasília - A área do Cerrado registrou entre 2002 e 2008 um desmatamento de 127,6 mil quilômetros quadrados, o correspondente a 6,3% deste bioma, informou hoje o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Os dados foram captados por satélite, em um sistema semelhante ao trabalho que é desenvolvido na Amazônia, com o Prodes. Os números mostram que a média anual de desmatamento neste bioma no período foi de 21.260 quilômetros quadrados - o dobro do que é atualmente registrado na Amazônia.

"Vamos concentrar nossas ações na região do Cerrado. Não podemos ser um ministério de uma nota só", disse Minc, que anunciou um plano de ações para conter a devastação na região. O plano, composto por quase 80 medidas, vai ser colocado em consulta pública durante 30 dias.

O ministro avalia que o novo esforço vai desencadear uma resistência ainda maior do que a enfrentada no combate ao desmatamento na Amazônia. "Vai haver muita gritaria. Integrantes do agronegócio dizendo que o setor está ameaçado, mas é preciso preservar a água, preservar o clima", argumentou. Minc observou, por exemplo, que metade do potencial hidrelétrico a ser explorado está no Cerrado. "Se a devastação próxima de áreas de bacias continuar, vai faltar água para irrigação, para hidrelétrica. O desenvolvimento do Brasil vai ficar ameaçado, não apenas os bichinhos da biodiversidade."

O plano de ação contará inicialmente com R$ 400 milhões do MMA, a serem aplicados até 2011. Entre as medidas estudadas está a criação de áreas de conservação. Num primeiro momento, estão previstas três unidades. A localização, no entanto, não foi divulgada pelo ministério.

De acordo com números divulgados pelo ministério, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Bahia são os cinco Estados com maior desmatamento, em números absolutos. Maranhão, por exemplo, apresentou 23.144 quilômetros quadrados de desmatamento no período entre 2002-2008.

O ministério divulgou ainda uma lista com 60 municípios campeões em desmatamento no Cerrado. Juntos, eles respondem por um terço da área devastada. A cidade que registrou maior desmatamento foi Formosa do Rio Preto, na Bahia, com área devastada de 2040,07 quilômetros quadrados. Em seguida, vem a também baiana São Desidério, com 1571,4 quilômetros quadrados.

Fonte: Veja

Liderança no Cerrado: São Desidério é umas das cidades Baianas Liberes em Desmatamento .

Liderança no Cerrado


Expansão do agronegócio também é o principal motivo para o corte, já superior ao feito na Amazônia
STEFFANIE SCHMIDT
Especial para o Diário

Em Mato Grosso, no Dia Nacional do Cerrado, celebrado hoje, não há muito o que se comemorar. O Estado é o que concentra mais municípios brasileiros na lista dos que mais desmataram o bioma entre 2002 e 2008. Das 60 cidades que, juntas, foram responsáveis por um terço da devastação nesse período, 14 são mato-grossenses.

Dos 2 milhões de quilômetros quadrados da cobertura original do Cerrado, quase 50% - 48,2% - já foram perdidos nos últimos seis anos. A média é a perda de 1% de vegetação nativa ao ano.

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e apontam a gravidade do problema: a degradação do Cerrado já é responsável pelo mesmo nível de emissões de gás carbônico de toda a Amazônia, além de ter desmatado o dobro da quantidade derrubada de floresta.

O valor é o equivalente a 20 mil quilômetros quadrados a cada ano, correspondente ao dobro do que é desmatado na Amazônia. O Cerrado é considerado “a caixa d’água do país”, já que no Centro-oeste brasileiro, onde estão concentrados 50% da área do bioma, estão as nascentes das principais bacias hidrográficas do Brasil.

Os principais impactos, segundo avaliação do MMA, serão a diminuição da oferta de água em todas as bacias e, consequentemente um impacto na produção de energia hidrelétrica. Cerca de 50% da geração desse tipo de energia nos níveis atuais dependem do ciclo das águas em bacias do Cerrado.

Além disso, o MMA calcula a perda da biodiversidade, avaliada atualmente em torno de 12 mil espécies.

De acordo com o pronunciamento do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, “há dez anos, tanto na Amazônia como no Cerrado eram desmatados 20 mil quilômetros quadrados por ano. Por meio dos programas tocados pelo governo, houve a redução, pela metade, do desmatamento no bioma amazônico”.

AGRONEGÓCIO - Os quatro municípios líderes em desmatamento estão na Bahia - Formosa de Rio Preto, São Desidério, Jaborandi e Correntina – na região oeste do Estado. Junto com a área central de Mato Grosso, são considerados os “arcos do desmatamento”.

A causa está, segundo o MMA, na expansão das lavouras de cana-de-açúcar, soja, pecuária, além da produção de carvão e das queimadas tanto naturais quanto provocadas. Por conta disso, a expectativa do ministro Minc é de que haja maior resistência por parte desses setores do agronegócio.

Para combater a degradação do Cerrado, o governo federal lançou ontem o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), que pretende aumentar o número de operações de fiscalização e controle, além da oferta de alternativas econômicas para quem se beneficia do desmate ilegal.

Além de frear o desmate, o governo federal quer aumentar o percentual de áreas de preservação no Cerrado. Atualmente, a soma de unidades de conservação federais e estaduais corresponde a 7,5% da área total do bioma. A meta é chegar a 10%. (Com Agência Brasil).

Fonte: Diário de Cuiabá

São Desidério tem um caso confirmado de gripe A (H1N1)

Segundo informação da Coordenação de Vigilância às Emergências em Saúde Pública (Cevesp) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado da Bahia contabiliza, agora, 129 casos confirmados da gripe A (H1N1) e um deles está no município de São Desidério, oeste da Bahia. De 24 de abril a 10 de setembro deste ano, foram considerados como suspeitos 771 casos, sendo confirmados 129 deles. Outros 160 casos foram descartados, 482 estão em investigação e há quatro óbitos confirmados laboratorialmente, sendo dois pela Gripe A (Salvador e Guanambi) e dois de gripe sazonal (Caculé e Urandi).

Dos casos confirmados, 50,4% são do sexo feminino. A idade média foi de 22 anos, variando de nove meses a 77 anos. A maioria dos casos confirmados, 71,8% é de residentes em Salvador (93) e os outros residentes nas cidades de Lauro de Freitas (7), Cachoeira (3), Iuiú (3)Feira de Santana (10), Ilhéus (2) e Porto Seguro (2), Guanambi (2) e Camaçari, São Desidério, Vitória da Conquista e Itabuna (1 em cada cidade). Um dos casos confirmados é residente em Maceió (Alagoas), um em Ribeirão Preto (São Paulo) e outro em Montevidéu, Uruguai.

A Argentina foi o possível local de contaminação para 46% (44 casos), seguido pelo Chile (9), Estados Unidos (4), Paraguai (2), Uruguai (1) e outros em viagens dentro do Brasil (10).

Histórico

A gripe A, conhecida como gripe suína, é uma doença respiratória aguda causada por uma cepa do vírus da influenza A (H1N1). Ele é diferente do H1N1 totalmente humano em circulação nos últimos anos, por conter material genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia. A partir da identificação dos primeiros casos na Cidade do México, em abril/2009, a doença vem se expandindo ao redor do mundo, assumindo as proporções de uma pandemia.

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 38° C (graus centígrados), tosse, dor de garganta, mialgias (dores de cabeça ou no corpo), coriza e espirros frequentes. Eventualmente, também são referidos dor abdominal, náuseas e diarréia. A maioria dos casos é da forma leve e branda e não tem requerido internação hospitalar.

Crianças menores de 2 anos e idosos acima de 60 anos, mulheres grávidas e indivíduos com doenças como diabetes, pneumonias, cardiopatias, hemoglobinopatias, doenças renais crônicas, câncer e em tratamento para Aids ou em uso regular de medicação imunossupressora constituem grupo de risco para complicações pela doença.

Recomendações

Se uma pessoa esteve nos últimos dez dias em países onde o número de casos da doença é elevado, como Estados Unidos, México, Argentina, Chile, e apresentar sintomas, deve procurar atendimento médico, evitando a auto-medicação e não transitando por espaços com aglomerados de pessoas. No momento, não se dispõe de vacina contra a nova cepa do vírus Influenza A (H1N1) e as medidas de prevenção e controle se restringem a higiene pessoal – em especial a lavagem constante das mãos, com água e sabão ou, na falta deles, com álcool – e evitar locais fechados e de grande aglomeração de pessoas.

Não há razão, neste momento, para suspensão das atividades escolares em função da infecção por influenza A (H1N1), a gripe A, e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, de acordo com o Ministério da Saúde, reitera a recomendação de que alunos, funcionários e professores com sintomas de gripe não devem ir à escola. Essa orientação aplica-se a qualquer época do ano e não apenas para este momento, quando estamos vivendo a ocorrência da gripe A, aplicando-se igualmente a outras doenças como a gripe comum, conjuntivite, diarréia, dentre outras infecções leves transmissíveis.

Fonte: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Repasse de verbas para São Desidério - Agosto de 2009




O cidadão que deseja conhecer os valores repassados às prefeituras municipais pode acessar o Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação no site do Banco do Brasil (no campo nome do beneficiário insira o nome da sua cidade). O link é:

https://www13.bb.com.br/appbb/portal/gov/ep/srv/daf/index.jsp

Para o mês de Agosto a prefeitura de São Desidério totalizou os seguintes valores:
TOTAL DOS REPASSES NO PERIODO

Débito Benef. =
992.551,27D
Crédito Benef. = 3.766.701,46C

No site é possivel verificar os repasses detalhados das seguintes receitas:

FPM - FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS
FEP - FUNDO ESPECIAL DO PETROLEO

ICMS - DESONERACAO DAS EXPORTACOES LEI 87/96
ITR - IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
ICS - ICMS ESTADUAL
FUS - FUNDO SAUDE
IPM - IPI EXPORTACAO - COTA MUNICIPIO
CID - CIDE-CONTRIB. INTERVENCAO DOMINIO ECONOMICO
FUNDEB - FNDO MANUT DES EDUC BASICA E VLRIZ PROF EDUC
SNA - SIMPLES NACIONAL
IPV - IPVA-IMPOSTO SOBRE PROP. VEICULOS AUTOMOTORES
IES - FIES-FUNDO INVEST.ECONOMICO SOCIAL DA BAHIA


Por conter inúmeros valores colocamos aqui apenas o valor global, para saber detalhadamente os valores individuais de cada repasse é só acessar o referido link.

Fonte: DAF - Distribuição de Arrecadação Federal

Secretário de São Desidério é suspeito de fraudar Bolsa Família


O Ministério Público da Bahia está apurando denúncias de irregularidades no Programa Bolsa Família no município de São Desidério, envolvendo um secretário municipal e um vereador, além de outros funcionários públicos. Até a próxima semana deverá ser concluída uma sindicância em âmbito municipal, aberta por determinação do prefeito Zito Barbosa (PMDB), para apurar as responsabilidades. Os servidores estão afastados até o desfecho do caso.


A acusação junto ao MP de São Desidério foi feita pelo suplente de vereador Waldik Rodrigues de Souza (PT), que diz ter localizado o nome do filho do secretário municipal de Meio Ambiente e Turismo Demósthenes Silva Nunes Junior como beneficiado do Bolsa Família no mês de julho deste ano, bem como dois filhos do casal Helton Lopes da Costa, vereador pelo PP e Maria Evilene da Costa de Souza Lopes, professora municipal. Também cita dois filhos do servidor público Alcivando José de Souza.


Segundo o suplente de vereador, os salários dos pais desqualificam as famílias para receber os benefícios, “pois ultrapassam em muito os valores estabelecidos pelas normas que regulamentam o programa, criado para apaziguar as necessidades de pessoas que se encontram em situação de pobreza”. No documento encaminhado à Promotoria, ele destaca que o salário do secretário é de R$ 5 mil, do vereador R$ 3 mil e do servidor Alcivando R$ 1.500. Destes valores, apenas não se confirma o de Alcivando, que conforme documento encaminhado ao MP pela administração municipal, tem salário de R$ 627,20.


De acordo o promotor de justiça de São Desidério, Sinval Castro Vilasboas, alguns documentos solicitados ainda não foram remetidos à ele, que precisa analisar a competência de cada um, principalmente no tocante à inserção dos dados no Cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). No entanto, afirma que pelos procedimentos iniciais, há fortes indícios de que a maioria não se enquadra no perfil das famílias que podem usufruir do Bolsa Família.


Coordenador estadual do programa Bolsa Família, Augusto Sérgio São Bernardo diz que espera uma confirmação da Caixa Econômica Federal (CEF) sobre os saques efetivamente realizados, para encaminhar os dados ao MP e ao Tribunal de Contas da União. Ele acrescenta que a prefeitura “que é responsável pelo cadastramento” já comunicou o bloqueio dos nomes como medida preventiva.


“É preciso ser muito criterioso nas avaliações, para não fazer julgamentos precipitados”, salienta a secretária municipal de Assistência Social, Gabriela Nogueira. Ela destaca que todas medidas cabíveis foram adotadas e que tem até 31 de outubro para responder ao MDS sobre possíveis falhas na distribuição dos recursos. Para o prefeito, Zito Barbosa, havendo a comprovação de ilícito pela sindicância municipal, será instaurado processo administrativo disciplinar, seguido da demissão dos envolvidos.


Além dos servidores já citados, também Rodinei Martins Sudré está afastado e é investigado, pois por quatro anos foi responsável pelos cadastros no município, período em que teriam sido feitos os registros nos quais são apontadas as irregularidades. Segundo o secretário afastado, Demósthenes Júnior, há menos de um mês ele tomou conhecimento que seu filho consta na relação de beneficiados. Ele afirma que a mãe do menino, Carmen Lúcia de Souza, tem outro garoto de um relacionamento anterior, que já constava como favorecido do Bolsa Família “e quando meu filho nasceu, foi automaticamente cadastrado”, enfatiza, acrescentando que tão logo teve ciência do fato, pediu o cancelamento.


O presidente da Câmara de Vereadores, José dos Santos Oliveira (PMDB), em resposta ao MP, informa que o vereador Helton tem salário base de R$ 3.715 e que está tomando as medidas cabíveis para a total devolução do valor recebido. Mulher do vereador, a professora Maria Evilene alega desconhecimento das normas reguladoras do programa e diz que o cadastro dos filhos foi feito quando o marido ainda não era vereador (pois assumiu em janeiro deste ano). “Se eu soubesse, já tinha desligado antes”, salienta.


Sem benefício -
Para a dona de casa Tereza Maria de Santana, 65 anos, “é uma injustiça pessoas que nem precisam receber, estarem na lista, enquanto que eu já cansei de andar atrás deste cartão do Bolsa Família”. Ela afirma que a renda da casa é a soma da aposentadoria de um salário mínimo do marido e uma mesada de R$ 300 que recebe do pai dos quatro netos que ela cuida. Na casa, segundo dona Tereza, moram ainda duas filhas jovens “que não conseguem arrumar trabalho, porque aqui é fraco de emprego”.


Afirmando ter dias em que passa apertado “para dar de comer para todo mundo”, dona Tereza diz que faz geladinho para os netos venderem, depois que voltam da escola. “Esses dias me chamaram no Conselho Tutelar e disseram que não posso deixar eles na rua vendendo nada. Mas, o que vou fazer se não tenho outra alternativa? Ainda acho melhor eles me ajudando, do que fazendo malandragem por aí”, enfatiza, acrescentando, porém, que nunca perdeu a esperança de voltar a receber o benefício “que me disseram que eu perdi porque meu marido se aposentou”.


Conforme a secretária municipal de Assistência Social, não deve ter sido esse o motivo da perda “pois se a renda per capita é inferior a R$ 140, a aposentadoria não tem interferência. Isto na verdade é um mito e podem ser muitas as causas da perda do direito ao auxílio, como o não cumprimento de ações do setor da saúde e da educação”. Gabriela Nogueira destaca ainda que quem faz a checagem dos dados repassados pelos municípios é o governo federal, “que também é responsável pelo bloqueio dos benefícios”.


O município, conhecido como o maior produtor brasileiro de algodão, é o segundo em extensão territorial do estado, com 14.820 km². Com cerca de 26 mil habitantes tem 4.098 famílias cadastradas na base de dados, atingindo cerca de 16 mil pessoas. Até o momento tem 2.020 famílias recebendo o benefício, porém, 3.379 se enquadram no perfil do Programa, segundo dados da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania. De acordo com a secretária, esse ano o governo federal disponibilizou mais 677 cartões que ainda estão sendo distribuídos.


Fonte: A tarde

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